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Declaration of Christian organizations in Europe on necessary protection to be given to Ukrainian refugees

Declaration of Christian organizations in Europe on necessary protection to be given to Ukrainian refugees

 

(ANS – Bruxelas) – Com um grande e crescente número de pessoas em fuga da Ucrânia, a Europa enfrenta o maior deslocamento de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Por esta razão, diversas organizações religiosas de toda a Europa, representantes de todas as Igrejas cristãs do continente, bem como várias instituições que atuam nas questões dos migrantes, refugiados e requerentes de asilo, assinaram uma declaração conjunta em resposta à solicitação da Diretiva relativa à Proteção Temporária aos refugiados ucranianos e indicam várias propostas para a gestão desta emergência. Entre os signatários também se encontra a ‘Dom Bosco International’, entidade que representa a Congregação Salesiana nas instituições da União Europeia.

 

As organizações cristãs signatárias declaram-se profundamente empenhadas na salvaguarda da dignidade inviolável da Pessoa Humana, criada à imagem de Deus, bem como do bem comum, da solidariedade global e da promoção de uma sociedade que acolha os estrangeiros e valorize a liberdade, a segurança, a justiça.

 

Desde o início da guerra, “muitos dos nossos membros responderam ao êxodo da Ucrânia, criando estruturas de apoio, abrindo as portas de paróquias, casas particulares ou instituições eclesiásticas em toda a Europa, e transferindo o apoio em larga escala aos países fronteiriços e, onde ainda for possível, na Ucrânia” – diz o comunicado.

 

Agora, as organizações cristãs na Europa indicam vários passos a serem dados em nível político e prático, para responder à emergência, conscientes de que a solidariedade espontânea, manifestada por muitos sujeitos é um valor enorme, mas que as atividades de tantos voluntários não podem compensar o “apoio e a coordenação necessários, que é e deve continuar a ser da responsabilidade do Estado”.

 

Os signatários apoiam a decisão do Conselho da União Europeia de ativar a Diretiva de Proteção Temporária (DPT) e introduzir diretrizes operacionais para facilitar a passagem pelas fronteiras UE-Ucrânia; além de favorecer a mobilização e flexibilização dos financiamentos da UE para atender às necessidades dos refugiados ucranianos, bem como a adoção de uma abordagem pragmática para ajudar os refugiados, por exemplo, permitindo que escolham para qual Estado-Membro da EU ir.

 

“Estas práticas e políticas comprovam que a Europa pode ser uma defensora da proteção dos refugiados, se assim o quiser”, afirmam as organizações, que posteriormente apelam às instituições dos vários Estados e à UE para que a Diretiva sobre a Proteção Temporária seja aplicada de forma harmoniosa, coerente com os princípios que a animam e em todas as suas vertentes, incluindo, portanto, os direitos dos refugiados no que diz respeito ao acesso ao trabalho, ao reconhecimento das qualificações, à habitação, à saúde, à educação…

 

Além disso, a declaração indica outras propostas relativas a diversos aspectos relevantes, como, por exemplo, critérios de redistribuição de refugiados entre países da UE; necessidade de atenção especial aos segmentos sociais de maior risco (deficientes, mulheres, rons, menores não acompanhados…); distribuição e acesso aos recursos alocados para a emergência; apoio e controle quanto ao acolhimento de refugiados em alojamentos privados…

 

A declaração também sugere o compromisso de condenar qualquer discurso de ódio contra cidadãos russos, distinguindo-os do regime agressor que desencadeou a guerra; e finalmente nos convida a não negligenciar, nesta emergência, outros grupos de refugiados que merecem a mesma proteção.

 

O texto completo da declaração está disponível, em inglês, neste link.

 

Fonte: ANS – “Agência iNfo Salesiana”