(Centro Universitário Salesiano, São Paulo) – Alessandra Camargo, aluna egressa do curso de Engenharia de Mecânica do UNISAL, Unidade Lorena, Campus São Joaquim, conquistou um importante cargo na empresa onde trabalha há 14 anos.
Ela é a primeira mulher à frente da supervisão de uma linha de produção na empresa Maxion Structural Components, Unidade Cruzeiro, assumindo a linha de Montagem GMI e Laser. Sempre muito curiosa e determinada, Alessandra conta que desde cedo soube que estudaria engenharia, e que o acolhimento no UNISAL fez com que seu sonho de Graduação fosse realizado.
“Eu havia parado de estudar por falta de tempo e ânimo e, no UNISAL, fui muito bem acolhida por todos, desde a matricula até a formatura. A interação e dedicação de todos foi com certeza o impulso que eu precisava. Escolhi o UNISAL por ser, na minha região, a faculdade privada mais conceituada em corpo docente, e que consegue nos preparar para a realidade do mercado de trabalho, ajudando muito na carreira e, consequentemente, no crescimento”
A área de Engenharia, conforme dados de pesquisas, é a que menos recebem mulheres para atuarem profissionalmente. Há, claro, uma mudança nesse cenário, e Alessandra sabe dos desafios que enfrentou e enfrentará, mas está certa de que agora, ocupa seu lugar.
“Por muitas vezes eu fui a “minoria”. Poucas mulheres escolhem ir para área de “mecânica” (já imaginamos que é só graxa né, rs), mas acabam se surpreendendo com o tamanho do aprendizado que podemos adquirir e onde podemos chegar igualmente. Infelizmente, ainda é um índice muito pequeno, principalmente no que diz respeito a “chão de fábrica” e liderança. Ainda existe muito enraizada a cultura que as mulheres só devem ser encaminhadas para setores administrativos”, contou Alessandra.
Março é mundialmente celebrado como o mês da mulher. Ao longo dos anos, os debates sobre direitos, igualdade, equidade, e espaço no mundo do trabalho têm ganhado mais força, não apenas no 8 de março, mas em pautas de políticas públicas, sociais e de profissão.
No UNISAL, o incentivo ao protagonismo de todas as alunas e alunos faz parte do DNA, sendo baseado no Sistema Preventivo de Dom Bosco. Todos os alunos têm em si condições de ir além e conquistar seus sonhos, e o UNISAL oferece estrutura, docentes qualificados e projetos bem alinhados com o mundo do trabalho e o perfil do aluno egresso.
Alessandra conta que iniciou sua experiência profissional na Maxion Structural Components como estagiária, e que foi um choque de realidade, pois, não haviam estagiárias na produção.
“Fui efetivada e, com o tempo, ganhei o respeito profissional de todos. Sempre deixei muito claro, com minha postura e respeito, que eu era uma profissional e colega de equipe, e todos deveriam me tratar como tal, desconsiderando o fato de ser mulher ou não”.
Ela diz, também, que sempre buscou mais conhecimento e aperfeiçoamento em cada novo cargo que ocupava. Pesquisas e estudos, tudo por conta própria para crescer profissionalmente. A partir dessa evolução, foi convidada para o setor de Engenharia de Desenvolvimento e Protótipos, onde adquiriu mais conhecimentos, aplicando aos processos produtivos e recebendo o reconhecimento da empresa.
“Por causa desse reconhecimento, após participar de um processo seletivo feito por uma equipe multidisciplinar muito competente, fui aprovada e convidada a ocupar o cargo de Supervisora de Produção, assumindo, com muita humildade e orgulho, uma equipe bem grande, onde 90% são homens”, compartilhou.
Impactar outras mulheres e mostrar que é possível conquistar todos os espaços e ocupar cargos, antes tidos como exclusivamente masculinos, é muito importante para a sociedade. A Alessandra sabe disso, e além de continuar buscando especializações e aperfeiçoamento, deseja ser referência para outras garotas e mulheres, desde aquelas que estão iniciando a vida no mundo do trabalho, ao escolher a faculdade, até quem já se formou, e ainda sonha em ocupar seu lugar.
“Busco, agora, ser uma líder espelho, sempre levando a bandeira da igualdade, independentemente de serem mulheres ou homens. Em uma empresa metalúrgica, onde por muitas vezes o gênero é colocado como fator determinante, ser reconhecida pela capacidade, dedicação e postura profissional, já é, por si só, um incentivo a outras mulheres. É preciso estimular a valorização, o incentivo ao estudo e à educação de valor. Que mais mulheres possam pensar ‘se ela conseguiu eu também posso’ ”.
O recado mais importante, neste mês que comemora o Dia Internacional da Mulher, na opinião de Alessandra é “gênero não define um bom profissional. No mundo corporativo devemos nos destacar por nossas habilidades e conhecimentos, nunca pelo nosso gênero”, concluiu.
Saiba mais: www.unisal.br/mulher-na-lideranca-de-producao
Postado por: Daniela Vasconcelos