(ANS – Rome) – Chega ao fim hoje, dia 28 de janeiro, a Assembleia Geral das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS).. Nesta ocasião, o P. Oscar Lozano, desde setembro de 2021 novo Coordenador das IUS, fala aos leitores da ANS sobre o caminho feito no encontro.
Qual foi o objetivo da Assembleia?
A assembleia é um encontro programado, realizado cada cinco anos, que visa avaliar o trabalho realizado no período anterior e planejar os cinco anos seguintes. A atual edição deveria ter ocorrido há um ano, mas devido à pandemia foi adiada duas vezes.
A pandemia também afetou a programação do evento, pois, embora não tenha sido o tema central, tornou-se um tema transversal aos demais.
O que surgiu em relação ao tema da pandemia?
Interessou-nos observar de que maneira a pandemia afetou as nossas IUS em vários aspectos, inclusive o econômico. Foi importante discutir como se estão administrando os impactos da pandemia nesta área, considerando também que muitas das nossas IUS são realidades que não contam com patrocinadores ou grandes financiamentos.
Outro aspecto que quisemos debater foi o serviço aos jovens mais desfavorecidos, aos setores mais populares – uma das marcas das nossas IUS. Avaliamos, portanto, de que maneira as nossas IUS se adaptaram, mirando continuar a atender e a cuidar dessas pessoas profundamente afetadas pela pandemia e suas consequências.
Por fim, não poderíamos deixar de abordar o aspecto das mudanças no setor do ensino impostas pela pandemia. Neste ponto, é importante lembrar que algumas IUS já se encontravam equipadas; mas a maioria precisou se adaptar rapidamente, avançando junto com o avanço da pandemia.
Relativamente aos documentos, sobre quais deles o encontro se concentrou?
A assembleia avaliou o nível de implementação das políticas do Programa Comum 5, ou seja, o programa comum a todas as coordenações regionais das IUS aprovado na última Assembleia Geral, além de trabalhar e aprovar o novo Programa Comum, de nº 6. Os dois textos estão em continuidade, porque as políticas a serem implementadas na coordenação das IUS são de longo prazo. O que podemos destacar é o esforço feito para registrar integralmente o Programa Comum 6 a partir dos cenários, diretrizes e objetivos lançados no Capítulo Geral 28. Obviamente, já havia uma consonância na base dos textos anteriores. Mas neste caso procurou-se criar um documento que fosse – em relação aos objetivos, processos e linhas de ação – um reflexo do que foi emitido pelo Reitor-Mor e pela Secretaria da Pastoral Juvenil.
Também foi importante todo o trabalho realizado no Programa Pastoral – sobre a pastoral nas IUS, que já vinha sendo colocado em prática ’ad experimentum’ havia já dois anos e agora foi aprovado.
Por fim, como foram os trabalhos da assembleia?
Como se disse, houve dificuldades na organização: algumas realidades foram mais penalizadas que outras, devido a cancelamento de voos e outras limitações. Mas conseguimos contar com pelo menos um representante para cada continente. Aqueles que não puderam participar ao vivo da assembleia ainda tiveram a oportunidade de dialogar com os demais representantes da mesma região por meio de recursos digitais, podendo, assim, fazer valer suas opiniões nas deliberações da assembleia.
Por fim, só o fato de ter podido – depois de tantas dificuldades e mudanças – realizar a assembleia, confere uma mensagem de resiliência e esperança.